Há um quê de romantismo na maldade.
Mas houve tanta maldade no nosso romance
Que ele se tornou imperdoável.
E você pecou por tantos passos não dados,
Abraços cortantemente embaraçados
E por palavras que pareciam impossíveis.
Pecou pelas mentiras friamente repetidas,
E aquele sentimento calculadamente inventado.
Pecou pela distância dos nossos lábios.
Agora ficou o avesso de tudo o que já foi
E o que há em mim de mais apagado.
Apenas aquele silêncio nos meus olhos,
Minha indiferença pelo seu crime inafiançável.
Você deveria ao menos ter me amado
Na medida exata do quanto me magoou.
Pecar pelo excesso é menos incoerente.
Pecar por amor é ao menos perdoável.
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