Você não pagou sua dívida com meu coração
E me deixou individada com o mundo.
Estou agora devendo uma vida,
Negociada com lágrimas de espera,
Sorrisos nostálgicos,
E uma falta gigantesca do teu colo.
Buscando sempre o teu beijo apertado,
E aquele teu abraço de quebra-cabeça.
E confusa.
E se eu for obrigada a comprar outra vida
Que não seja a tua-minha,
E achar caro demais?
E se, deslumbrada com o novo,
Eu gostar das peças desse outro jogo
E não te quiser mais?
Fora qualquer resposta,
Existe agora apenas uma saudade,
Saudade imensa de tudo o que a gente viveu em prestações,
Pequenas parcelas de tanto sentimento.
Pequeno tempo eterno,
Infinita saudade.
E agora me pego aqui, idiota, vivendo de memórias,
Vendendo-me por tão pouco pela tua simples presença,
Sendo que pago sempre uma fortuna por esse teu sorriso barato.
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Olá PRI!
ResponderExcluirEstou vivendo um momento em que suas palavras parecem facadas em meu peito. Mas ao mesmo tempo o conforto de jogar outro jogo.
Quanto a saudade, aprendi com a Lisa Simpson o seguinte: No começo ela (a saudade) é muita, depois menos e por fim quase nada.
Um abraço e parabéns por traduzir o que aflige a tantos.
Esperemos o "quase nada" então...
ResponderExcluirE eu que agradeço, pelo seu tempo dedicado aqui e por deixar seu peito ao dispor das minhas palavras. Que elas possam continuar te confortando.
Ah, que bom que você tem pelo menos um nome agora...
"Ah, que bom que você tem pelo menos um nome agora..."
ResponderExcluirEu já havia escrito o meu nome nas "entrelinhas", você que não teve paciência para percebê-lo. E meteu um "pé-na-bunda" dos "anônimos", mas gostei da sua classe com que o fez.
Bom, não devo escrever muito, afinal, não posso fugir do propósito do blog, que é nobre.
Gostaria de te escrever sobre outras tantas coisas, mas não aqui no blog.
Poderia ser por e-mail, os carteiros já não são mais tão eficientes e eu nem sei em que planeta você mora.
E-mail, taí, podemos tentar então um contato.
ResponderExcluirE quanto ao planeta onde eu moro, bom, os mapas são confusos, e vc certamente não gostaria de habitá-lo...
Assim como diria Clarice, o material do mundo me assusta, com seus planetas e baratas...
Não fale mal das baratas; o Joe não vai gostar.
ResponderExcluirNo meu planeta falta uma rosa
ResponderExcluirda raposa, já conheço sua prosa
Ainda que tenha espinhos
não é pior que ser sozinho
A raposa sabe o que é cativar
No mundo dos homens, não
se iludem em tudo comprar
(e como não existem lojas de amigos)
só encontram a solidão
O meu planeta é simples e pequeno,
como eu
Não há vagas, apenas uma
que já está reservada
Não há vagas. Apenas uma...
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