Se há em mim um Deus, ou qualquer deus,
Se vários, ou um só,
Se há uma mínima verdade,
Na qual eu possa agora descansar meus pensamentos,
E um único ombro onde desabar todas essas lágrimas,
Presas por um nó infinito na minha voz,
Voz de quem agora já não canta nenhuma beleza,
Dessa boca que sorri mergulhada em tristeza,
Se há qualquer coisa de maior em mim que eu mesma,
E que possa me salvar de mim
E desse castigo que tem sido ser quem sou,
Pelo amor desse deus que eu desconheço,
Apareça agora e me liberte,
Pegue-me nos braços de uma paz qualquer e me carregue,
Porque a vida agora anda rastejando dentro de mim.
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