segunda-feira, 2 de maio de 2011

Libertações

A minha melancolia é sempre a última a se embriagar.
Sempre há uma dose afim de mim.
Cada gota de cada coisa torna-se necessária
Quando não existe mais o que se engolir.

A minha ansiedade é sempre a última a se deitar.
Sonho sempre com os olhos clareados de dor,
E vivo insonemente pensamentos virtuais,
Querendo adormecer o que nunca acordou.

A minha poesia é sempre a primeira a me machucar.
No entanto a carrego com carinho nos braços
Como uma cruz que não tem peso
E ainda assim tem o poder de libertar.

2 comentários:

  1. "Viver insonemente" é genial...
    Um beijo,
    do seu fã

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  2. Como disse meu querido Chico, "o sonífero não tem mais efeito imediato, e já sei que o caminho do sono é como um corredor cheio de pensamentos."

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