Escrevi o seu nome e queimei.
Mas o meu nome ainda te lembra.
É chegar a estação das flores
e nasce novamente aquele teu poema,
em que a primavera é sempre primeira.
O fogo aí não encontra folhas secas,
como então queimar minhas próprias letras?
Pequena sílaba maldita.
Chamaria-me então Scila,
mataria assim um pedaço de mim
e uma parte de ti em mim.
Mas não mataria a primavera,
que nunca precisará de um alfabeto pra existir.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
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